Diz o antigo verbete constante da última obra: "ITAPEVI (do tupi, itá-peb'y), Rio das itapevas, rio das lajes, das pedras chatas, de itá-peba (pedra chata, laje) e 'y (rio, águas)". A formação do pequeno vilarejo, começou por volta de no século XVIII, existindo no município uma casa bandeirista construída por volta de meados de 1720. A família mais antiga, provavelmente, é a dos Abreu. Em 10 de julho de 1875 foi inaugurada a Estação de Cotia da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS), em torno da qual se formou o núcleo central de Itapevi. Na verdade, não passada de uma parada, uma pequena plataforma coberta de telhas. Em 1895, o italiano Giulio Michaeli abriu uma pedreira para a produção de paralelepípedos, atraindo famílias de imigrantes italianos, como os Belli, Michelotti e Silicani. Por volta de 1910, Joaquim Nunes Filho, o "Nhô Quim", de Cotia, adquiriu o Sítio Itapevi, com 152 alqueires, que cobria todo o atual centro da cidade, e tornou-se chefe político local, por suas ligações com o antigo PRP (Partido Republicano Paulista). Ele conseguiu, por exemplo, a elevação do vilarejo a distrito de Cotia, em 12 de outubro de 1920; a energia elétrica (1929); e a instalação do primeiro telefone (1930). Apesar disso a referência da cidade ainda continuava sob o nome de estação Cotia tirando a possibilidade de identificação própria do local. Em 1940 chegava em Itapevi o empresário Carlos de Castro que adquiriu de Joaquim Nunes vasta gleba de terra, dando origem ao loteamento do Parque Suburbano e Jardim Bela Vista. Foi a partir daí que se acelerou o processo de urbanização do local. Com a estação ainda com o nome de Cotia e a própria sede do município chamada de Vila Cotia, criava-se enormes confusões notadamente ao serviço de correios e telegramas para que as correspondências e pessoas localizassem os endereços em Itapevi. Em 1945, Carlos de Castro conseguiu com o então ministro João Alberto que a estação tivesse seu nome alterado para Itapevi, com festa para a população. A partir daí e já dentro de um espírito emancipacionista presente por toda região, integrantes da sociedade da época iniciaram o movimento de autonomia do distrito, fazendo a população se empenhar em massa no processo. Seus idealizadores eram homens como o próprio Carlos de Castro, Américo Christianini, Cezário de Abreu, Bonifácio de Abreu, Rubens Caramez, Raul Leonardo, José dos Santos Novaes e tantos outros. No plebiscito realizado em 1958, cerca de novecentas pessoas optaram pela emancipação, contra apenas trinta que não desejavam a autonomia. Naquele mesmo ano foi formalizada a lei que criava o município de Itapevi instalado oficialmente só no ano seguinte em 18 de Fevereiro de 1959. Seu primeiro prefeito foi Rubens Caramez.