Matéria Histórica VI: O Dia que São Paulo ficou deserto - Em maio de 2006, São Paulo parou, e muitas cidades entre elas Itapevi ficaram desertas.
Em um começo de semana mais precisamente no dia quinze de maio de dois mil e seis, ficou conhecido como a semana que São Paulo parou. Foram os dias mais estranhos que a sociedade paulista sofreu. Quem estava andando pela sua cidade, para trabalhar ou fazer qualquer outra coisa, logo pela manhã as conversas dos bares, padarias, comércios, escritórios era o mesmo, não se falava outra coisa, de que haveria um toque de recolher, e aos poucos as pessoas começaram a sumir. Durantes as ações e misteriosas promessas de ameaças e de ataques, a população de São Paulo viu o comércio baixar as portas, escolas e universidades cancelarem aulas, expediente encerrado mais cedo, shoppings fechados. O comércio registrou queda nas vendas de 90%. A pressa do paulistano ganhou outros contornos. Havia ansiedade de chegar em casa. A paranóia do medo dominou as pessoas, e quem não estava em casa procurava meios de chegar lá o mais rápido quanto fosse possível.
A vida noturna da capital e de toda a Grande São Paulo deixou de existir. Tradicionalmente congestionadas, as principais vias da cidade ficaram intransitáveis bem antes do horário do "rush". Pessoas procuravam correndo e se espremiam desesperadas em busca de meios de transporte e espremiam-se ainda mais no metrô e em ônibus, tudo para chegar mais cedo em suas casas. Como era de se esperar, muitos dos ônibus já tinham sido recolhidos pelas empresas. Afinal, muitos deles já tinham sido queimados ou depredados durante o inicio de alguns fatos relacionados com esse dia. Aliás, muitos ônibus da frota da cidade já estavam (e ainda estão, é claro) destruídos antes mesmo de tais fatos revoltosos. Ônibus caindo aos pedaços faz parte do dia-a-dia paulistano.
Logo no final da tarde havia poucas pessoas de carro e menos ainda andando a pé. É como se repentinamente tudo tivesse sumido ou o mais adequado “em fuga”.
Durante as noites e madrugadas houve muita violência, quebra-quebra, incêndios e vandalismo. Em muitos locais de São Paulo lembravam cenas de guerra como as de Nascidos para Matar de Kubrick, ou os cenários do filme “Fuga de Nova York da década de 80, com Kurt Russel.
Itapevi também ficou deserta, e entre 17:00 e 20:00 horas, haviam poucas pessoas nas ruas, e a partir das 21:00, não avia mais ninguém na cidade. A madrugada de Itapevi houve muitos casos de roubo e vandalismo e a madrugada itapeviense foi sinistra e caótica.
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Texto Histórico V: Viaduto José dos Santos Novaes às escuras
Em meados dos anos 80, o maior viaduto de Itapevi ficou as escuras durante alguns dias. Muitos motoristas que trafegavam durante esses dias de escuridão, tiveram muita dificuldade durante o horário de maior movimento do tráfego itapeviense no inicio das noites. Durante as madrugadas era muito comum ver pessoas andando fora da passarela de pedestres se arriscando na via, cujo perigo era grande mesmo de madrugada em razão do grande numero de motoristas que dirigiam alcoolizados e em alta velocidade.
Houve um momento em que algumas pessoas fizeram uma grande fogueira, não se sabe se foi para melhorar a sinalização ou para protestar.
Itapevi Cidade Blog