Problemas no trabalho do Censo 2010 em Itapevi
O Censo 2010 do IBGE começou negativo e muito difícil para min, mas aos poucos foi melhorando lentamente. Eu como Agente Recenseador sabia da importância do trabalho do Censo, até mesmo o estava considerando totalmente positivo, inclusive elogiando o mesmo em comunidades e em portais na Internet. Estava confiante de que o mesmo teria uma melhora ao longo do tempo, e que os problemas eram passageiros. Mas conforme o trabalho seguia adiante, foi mudando de caminho e piorando novamente e de uma forma mais grave, por causa do ódio e da corrupção.
O IBGE deveria dar maior suporte para os recenseadores. Não parece que é um projeto do governo federal, tamanha é a grande falta de consideração com que fomos recebidos, (pelo menos eu estou afirmando isso). Os recenseadores não são vagabundos. Eu mesmo deixei de trabalhar para um candidato a Deputado Federal nessas eleições para me dedicar ao Censo, iludido com uma propaganda praticamente enganosa, pensando que estaria no caminho certo para ter um rendimento melhor. Estou totalmente arrependido por ter trabalhado em um local com pessoas falsas, covardes, preconceituosas e irresponsáveis.
A maioria dos recenseadores eram pessoas simples, mas o problema estava em nossos postos de coleta e pela irresponsabilidade do IBGE e do Governo Federal.
Eu sempre tive como meta realizar o trabalho de pesquisa de uma forma clara, limpa e verdadeira. Dentro dos postos de coleta, trabalhei com supervisores e acm corruptos, e durante o trabalho de coleta fui recebido por uma população cheia de críticas, agressivas verbalmente, pessoas ignorantes, sem nenhum respeito, e até por uma grande quantidade de criminosos.
Em meu ultimo setor fui agredido covardemente por um bandido que mora em uma viela, próxima do centro de Itapevi, onde o mesmo foi incentivado até mesmo pelas filhas para que o mesmo me matasse, telefonei para a policia, de onde não serviu para nada a ligação. A policia parece que só existe para reprimir coitados e doentes, e com os criminosos e vagabundos no máximo para pegar dinheiro das bocas de tráfico e cumprimentar e bater papo, respectivamente. Pelo menos isso acontece visivelmente em meu bairro.
Os supervisores me tratam como se eu fosse um nada. Não sei de onde vem tanto preconceito, às vezes penso se tratar da minha função (inferior à deles), ou por eu ser uma pessoa muito simples, (sou velho tenho quase 40 anos, parece que a velhice só existe para min e que nunca fui jovem, e ainda sou franzino – peso hoje 50 kg para 1,77 de altura), ou por me vestir de uma forma simples. Me olhavam com nojo e com cara de sarcasmo. Eu sempre os tratei com puro respeito. As funcionárias femininas, sempre as tratei com carinho especial. E apesar de eu sempre manter o respeito fui tratado como um lixo.
Eu também errei, mas apenas cometi erros por estar doente.
Pelo menos o Censo me serviu para uma coisa, agora tenho certeza de que o ser humano não merece a vida que tem neste mundo e que todos nós não somos absolutamente nada.
Até Nunca Mais, ainda bem que esse foi o último Censo.
Ultima observação: Esse texto escrito totalmente por mim (autor principal) será mandado para milhares de contatos, inclusive publicado na web, para o mesmo ser apreciado e quem sabe trazer-lhes uma melhor reflexão sobre alguns fatos da vida. Principalmente a de que somos todos iguais e temos o mesmo valor neste mundo, e que todos nos habitantes da terra, iremos para o mesmo lugar, em um único destino.
Autor desconhecido