Outubro desse ano será um mês importante, no dia 03 ocorrerá a votação obrigatória das eleições nacionais e o segundo turno será no dia 31. É o momento mais importante da formação da política brasileira, onde o povo do Brasil ira escolher novos deputados, governadores, senadores, além do novo presidente que ira conduzir o país em um mundo desigual e globalizado. A partir do ponto em que começa o trabalho de divulgação dos candidatos também chamada de propaganda eleitoral gratuita, que vai de 17 de agosto a 30 de setembro, até o dia da votação, será uma temporada longa, uma verdadeira guerra de informação e campanha que mobilizará todo o país e estarão em jogo em cada região do Brasil os dezenas e disputadíssimos cargos estaduais e federais, mas os interesses e a campanha fora de época já se refletem visivelmente entre as cidades do Brasil.
Política é um tema pouco apreciado pela população tudo por causa da mancha negativa que existe entre os políticos atuais e a triste história da política brasileira, e que ainda gera longas discussões e polemica.
A nítida aversão de muitos fica evidenciada ao notarmos que grande parte das pessoas desconhece como funciona a própria cidade e sua relação com os governos estaduais e federais, ou o papel de seus vereadores, deputados, prefeitos e governadores devem desempenhar dentro de suas funções de prestações de serviços públicos, ou seja, todo político é um funcionário público a serviço daqueles que pagam impostos.
Com isso, em um ano com eleições nacionais, um assunto deste porte não poderia ficar de fora do nosso debate: qual o papel desses políticos afinal? O que está errado?, O que pode melhorar? Trata-se de um momento propicio para entender o que acontece em cada cidade e região, e como as eleições para a esfera federal e estadual podem interferir significamente na política municipal e no destino de cada cidadão.
Poder Legislativo
Nas ruas geralmente poucas pessoas conhecem o papel dos vereadores e de outros políticos. O interessante é notar que os próprios parlamentares conhecem esta verdade e mesmo assim não mudam está pobre realidade.
Para o cientista político Hilton Cesário Fernandes, isto não é exclusividade do Brasil. É um fator que esta mais ligado ao cotidiano, a correria do dia-a-dia, e vai além: “Os políticos também pouco se interessam por mudar essa situação, pois assim precisariam prestar contas de seus atos e ações”.
Em São Paulo, a câmara municipal percebeu esta carência de informações e, dentre tantos projetos sobre nomes de ruas, uma proposta do primeiro vice-presidente da casa, Dalton Silvano (PSDB), chamou a atenção. Trata-se de uma campanha publicitária, que pode custar até R$ 17 milhões por ano ou mais. Ela prevê um novo site para divulgar o trabalho dos parlamentares, o que, segundo Dalton, permitiria ao munícipe acompanhar e fiscalizar todo o trabalho do legislativo.
O que realmente ajuda e contribui para aumentar esses e outros problema, esta no fato do Brasil ser um dos maiores países com número de políticos em exercícios. Toda a soma da população de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, junto com seus respectivos vices e assessores daria para habitar a cidade de São Paulo.
Curso Pré-politico
A lei não permite exigir qualificações para um candidato, e a eleitora Maria Martinele Silva lembra: “hoje qualquer um que tem recursos financeiros é eleito. Não precisa ter vivencia política, basta ser artista ou simplesmente popular dentro de uma categoria ou com a ajuda da mídia”, o que pode ser visto em diversas Câmaras. Muitos candidatos com zero de experiência política, já venceram grandes eleições, e ao assumirem seus cargos, tiveram um desempenho desastroso para a sociedade em geral.
Por isso Hilton defende cursos de capacitação obrigatórios, já que “o despreparo de quem assume cargos políticos atrapalha o desenvolvimento dos municípios, do estado e do próprio pais”.
Um exemplo está em Mauá, onde no ultimo ano uma série de projetos anticonstitucionais e até mesmo absurdos foram todos aprovados.
Outro exemplo pode ser um que aconteceu nas eleições de 2000 em Itapevi. Muitos candidatos a vereador, não sabia ler direito, muitos não terminaram nem mesmo o ensino fundamental e tiveram boa votação.
Itapevi tem candidato?
Em Itapevi muitos vão tentar vagas nas próximas eleições. Muitos deles já são políticos a muito tempo, mas querem continuar com seus mandatos e se possível conquistar cargos cada vez mais altos e melhores na política. A população está dividida, porque muitos políticos antes de cada eleição, seja ela nacional ou municipal, fingem em ter um comportamento aberto, claro e social, geralmente com projetos voltados a população, mas sempre mudam quando ganham, e acabam investindo em outros projetos, a maioria de interesse próprio ou por questões estratégicas, sendo que alguns desses projetos são de super faturamento. Muitos outros políticos eleitos já demonstraram claramente interesse próprio, e deixando em segundo plano ou até mesmo abandonando alguns pontos fundamentais no desenvolvimento da cidade, principalmente na parte social e cultural. O eleitor deve conhecer 100% e cobrar seus políticos em que confiam e escolheram, mas para isso acontecer é importante que o eleitor entenda que aquele que vota e elege os candidatos também faz parte da política. Assim como o próprio político, o eleitor deve organizar seu espaço e a si mesmo, deve estudar a política e usá-la e não ser usado por ela e por eles. O eleitor também deve participar da corrida pré-eleiçào e participar de reuniões que definem campanhas, projetos e promessas e ficar de olho em tudo. Quando um candidato a qualquer cargo político, seja ele para vereador ou deputado, faz propaganda de algo que não pode ou simplesmente desiste de cumprir já durante o período de seu mandato, é propaganda enganosa e pode ser considerado crime. Cada eleitor deve guardar cada material lançado publicamente para cobrar o político depois ou até mesmo usar como prova em algum outro processo.
Outro principal problema em Itapevi e em diversas outras cidades brasileiras, é a falta de memória. Muitos eleitores nem se quer lembra em quem votou nas últimas eleições.
Ano Eleitoral
Mas é em época de eleição que muitas discussões e polemica vêem a tona e tudo pode parar, reclamam, também, os moradores de Barueri. Muitos eleitores estão cansados da verdadeira ditadura em que vivem.
O município de Barueri apesar de ser uma das cidades mais ricas e fluentes do Brasil, ainda tem um número muito elevado de pessoas vivendo na miséria. Barueri é uma cidade que tem uma elevada concentração de renda, por isso muitos eleitores não apenas de lá, mas de outras cidades espera que algo de bom aconteça nestas eleições.
A rotina da política em Barueri sempre teve muito impacto na região da Grande São Paulo. Por lá as discussões na Câmara sobre a cidade estão abrindo espaço para as eleições, assume o 1 secretário da Casa, vereador Jânio de Oliveira (PMDB), que justifica: “o tema tem sido abordado durante a leitura do expediente, mas é importante para que a população conheça o momento atual e principalmente histórico de cada um dos candidatos, alem de ser natural e democrático, por estarmos em 2010 um ano eleitoral”.
Texto: Gildárzio Ferreira Barreto (Genézio Genético)
Formatação e correção: E. Lima
Ilustração: Editoria de Arte Blog de Itapevi