Francisco Pontilha
Agência Itapevi Cidade – Fonte R. Bom Dia e WebNet Departamento Notícias
No início da madrugada deste sábado, exatamente às 0h10, Itapevi registrou a primeira chacina de 2010. Quatro homens foram baleados a queima roupa e mortos em um barzinho, localizado na rua Guido D'Amico, 68, na Vila Santa Rita, um bairro grande e violento de Itapevi.
Segundo o dono do estabelecimento alugado, Reinaldo Manoel, todos os envolvidos jogavam baralho quando o crime aconteceu. "Tinha passado pelo bar há poucos minutos e decidi subir para dormir. Olhei e vi que estava tudo em ordem. Quando eu estava quase dormindo ouvi vários disparos", conta. Já era de madrugada quando o dono, que mora no andar de cima do bar, desceu apenas quando dois policiais militares da 3ª Cia do BPM/M bateram na porta da sua casa informando do acontecido e se ele havia visto algo.
Uma das vítimas, de 33 anos, tentou fugir e foi alvejada na rua onde morreu com três tiros. O dono do bar, conhecido como Val, de 40 anos, correu para trás do balcão, levou 4 tiros na cabeça, à queima roupa, um nas nádegas e outro no tórax. As outras duas, uma de 29 e a outra de 31 anos, ficaram caídas próximas à mesa de sinuca, ambas com dois tiros na cabeça. Os corpos foram encaminhados ao IML e liberados na tarde de ontem após averiguação. As 11 cápsulas deflagradas foram enviadas ao IC (Instituto de Criminalística) em Osasco.
O DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) da capital, órgão ligado à Polícia Civil, é quem investiga o caso neste momento. Segundo o departamento, ainda não se sabe o que teria motivado o crime nem quem era o verdadeiro alvo dos assassinos. Parentes e vizinhos já prestaram depoimentos na delegacia de Itapevi. O delegado Lincoln Amorim Kunisawa foi quem efetuou o boletim de ocorrência e coordenou as primeiras ações de perícia. Nesta segunda-feira mais alguns parentes e vizinhos serão chamados para prestar outros esclarecimentos no DHPP.
Segundo a delegada de plantão, Isabel Cristina Ferraz, afirmou que qualquer informação ainda é prematura em face às investigações do DHPP. "A perícia achou projéteis de 380 e munição de 9 milímetros no local. Acreditamos, pelas munições encontradas, que dois indíviduos participaram da ação, mas não há confirmação e esperaremos as investigações do DHPP", disse.
De acordo com a delegada, até o momento das investigações, apenas uma das vítimas assassinadas não tinha antecedentes criminais. Um dos envolvidos residia na Bahia e por isso a polícia ainda não havia feito a verificação da documentação. O que se sabe é que uma das vítimas tinha passagem por homicídio e a outra por porte irregular de arma. Ninguém da vizinhança presenciou de fato o crime, aparentemente apenas ouviram os disparos.
Formatação: (Da Redação)